12 jul — 3 setExposição
What was, now becomes
Ruy Coelho
Mónica CoelhocuradoriaBrotériaorganização

PT

A exposição celebra a vida e obra do compositor modernista Ruy Coelho (Alcácer do Sal, 1889 — Lisboa, 1986), através de obras criadas a partir de episódios da sua vida por artistas plásticos contemporâneos.

Blanca Bercial
Fernando Martins
Francisca Aires Mateus
Inez Wijnhorst
Mónica Coelho
Pedro Proença
Rodrigo Amado
Tomaz Hipólito

 

Inauguração
Ter 12 julho, 18h às 20h30

+ Concerto às 19h
Quarteto n.º 1 de Ruy Coelho (1941)
interpretado por Emsemble MPMP:

Daniel Bolito, violino I
Sara Llano, violino II
Leonor Fleming, violeta
Nuno Cardoso, violoncelo

 

  1. Allegro tranquilo
  2. Andante molto calmo
  3. Scherzo: Vivo — Tranquillo — Agitato — Tranquillo — Vivo
  4. Finale: Allegro deciso — Presto — Allegro deciso — Presto

 

EN

The exhibition celebrates the life and work of the modernist composer Ruy Coelho (Alcácer do Sal, 1889 — Lisbon, 1986), through the works created by contemporary artists, inspired on episodes of his life.

Blanca Bercial
Fernando Martins
Francisca Aires Mateus
Inez Wijnhorst
Mónica Coelho
Pedro Proença
Rodrigo Amado
Tomaz Hipólito

 

Opening
Tue 12th july, 6—8:30 pm

+ Concert 7pm
Quartet n.º 1, Ruy Coelho (1941)
interpreted by Emsemble MPMP:

Daniel Bolito, violin I
Sara Llano, violin II
Leonor Fleming, violet
Nuno Cardoso, cello

  1. Allegro tranquilo
  2. Andante molto calmo
  3. Scherzo: Vivo — Tranquillo — Agitato — Tranquillo — Vivo
  4. Finale: Allegro deciso — Presto — Allegro deciso — Presto

 

Ruy Coelho

 

PT

Ruy Coelho (1889 — 1986) nasceu numa família humilde de um barqueiro de Alcácer do Sal. Iniciou a sua formação musical numa banda filarmónica e, com o apoio de mecenas, foi com 15 anos sozinho para Lisboa estudar no Conservatório onde, no último ano, teve como mentor Alexandre Rey Colaço. Entre 1910 e 1913 estudou com Humperdinck, Max Bruch e Schönberg, em Berlim, passando também por Paris onde teve aulas com alguns compositores.

De volta a Lisboa, leva ao Teatro de S. Carlos, com a colaboração de Teófilo Braga, as suas obras Sinfonia Camoniana, com cerca de 500 executantes, e a ópera O Serão da Infanta.

Foi o único músico do grupo dos Modernistas, sendo muito próximo de Almada Negreiros e de Santa-Rita Pintor. Em 1918, num célebre espetáculo promovido pela Condessa de Castello-Melhor, são apresentados no S. Carlos os seus bailados A Princesa dos Sapatos de Ferro (com coreografia e figurinos de Almada, que também dançou dois personagens) e Bailado do Encantamento (com coreografia de Almada e cenários e figurinos de Raul Lino).

Compôs mais de 20 títulos músico-dramáticos, (entre os quais a ópera Belkiss, com libreto de Eugénio de Castro, premiada num concurso em Madrid em 1924), sinfonias, bailados, música de câmara, oratórias, Lieder, concertos para piano e orquestra, música para piano e para cinema, (destacando-se Alla-Arriba! e Camões, de Leitão de Barros). A sua música foi tocada em muitos países, sendo o primeiro a levar companhias portuguesas de ópera a Paris (1959) e Madrid (1961).

Ambicionava dar «expressão musical à alma da nação». Afirmava que, quando compunha,não seguia correntes artísticas nem tinha ideias pré-concebidas e limitadoras sobre processos, sistemas ou teorias técnicas ou estéticas, interessando-lhe tão só conseguir exprimir o que sentia sobre determinado tema.

Escreveu livros, manifestos, crónicas e crítica musical e, para além de compositor e maestro, viu-se forçado a assumir, por vezes, a produção dos espetáculos. Ruy Coelho disse: «A maior ajuda é a vontade, e não se pense que as dificuldades se vencem de uma só vez. Vencem-se uma a uma.» e «…não basta ter génio para impor um pensamento novo, é preciso que a possibilidade da sua exteriorização se faça, para que esse pensamento exista e persista de facto. Ora, estas “possibilidades” custam muito esforço, muita coragem, muita dificuldade a vencer.»

Rui Ramos-Pinto Coelho

 

EN

Ruy Coelho (1889 — 1986) was born into a humble family of a boatman from Alcácer do Sal. He began his musical training in a philharmonic band and, with the aid of patrons, he went to Lisbon alone, at the age of 15, to study at the Conservatory where he was mentored by Alexandre Rey Colaço in his last year. Between 1910 and 1913 he studied in Berlin with Humperdinck, Max Bruch and Schönberg, and also took classes with some composers in Paris.

Back in Lisbon, he premieres his works Sinfonia Camoniana, with around 500 performers, and the opera O Serão da Infanta  at the S. Carlos Theatre, with the collaboration of Teófilo Braga (former President of the Portuguese Republic).

He was the only musician amongst the Portuguese Modernists group, and a close friend of Almada Negreiros and Santa-Rita Pintor.

In 1918, his ballets A Princesa dos Sapatos de Ferro (whose choreography and costume design were made by Almada, who also played  two of the characters) and Bailado do Encantamento also choreographed by Almada and with sets and costumes designed by Raul Lino) were performed at  the S. Carlos Theatre, in a famous show promoted by the Countess of Castello-Melhor.

He composed more than 20 musical-dramatic works (among which the opera Belkiss, with a libretto written by Eugénio de Castro, that won the first prize in a competition in Madrid, in 1924), symphonies, ballets, chamber music, religious music, Lieder, piano concerts, music for piano and cinema (namely Alla-Arriba! and Camões, by Leitão de Barros). His music was played in several countries, being the first to take Portuguese opera companies to Paris (1959) and Madrid (1961).

He aspired to give «musical expression to the soul of the nation.» He claimed that, when composing, he did not follow artistic trends, nor did he have preconceived and limiting ideas about processes, systems or technical or aesthetic theories, being solely interested in expressing  what he felt about a certain theme.

He wrote books, manifestos, chronicles, and reviews and, in addition to being a composer and conductor, he was forced to assume, at times, the production of the shows. Ruy Coelho has said that «The most important thing is to have the will. One must not think that obstacles are overcome all at once. They are overcome one by one. » and that «… possessing genius is not enough to build a new thought. Its materialization should be possible, so that that thought exists and persists in fact. Now, these “possibilities” cost a lot of effort, require a lot of courage, and imply a lot of obstacles to overcome. »    

Rui Ramos-Pinto Coelho

 

 

Os artistas / The artists

 

Blanca Bercial

PT

De Madrid, vive e trabalha em São Francisco desde 2018, onde continua a pesquisa em música experimental e arte sonora iniciada no mestrado. Concluiu em 2020 o mestrado de Arte em História e Teoria da Arte Contemporânea no San Francisco Art Institute, pelo qual foi reconhecida com o prémio de tese de excelência. Antes do mestrado, Bercial trabalhou com várias instituições artísticas sem fins lucrativos em Beijing, China, onde ganhou experiência profissional em curadoria. Em 2011, completou uma licenciatura em Arte pela Faculdade de Ciências da informação, Universidade Complutense de Madrid.

Blanca Bercial desenvolve trabalho experimental em práticas de atenção sonora e estudos de som, interessa-lhe entender o que constitui o silêncio, o que está além do que se ouve e as pausas ou os sons que se encontram entre outros sons. É curadora de música experimental e arte sonora. Bercial escreve poesia, ensaios e pequenas histórias para publicações independentes. Recentemente publicou uma colecção de poemas intitulados Trash Poems com La Granja Editorial (Espanha). Como artista plástica, Bercial usa o som e a poesia para explorar as maneiras como ignoramos lugares-comuns e o que neles está escondido, não esquecendo o espaço, tempo e som que lhes é inerente.

EN

Originally from Madrid (Spain), Bercial has been based in San Francisco, CA since 2018, where she continues her research while curating and working in the field of experimental music and sound art. She graduated from the San Francisco Art Institute with a Master of Arts in History and Theory of Contemporary Art, which culminated with an Outstanding Thesis Award from the institution. Previously, Bercial worked for different non-profit art institutions in Beijing, China, where she gained professional experience in her career as a curator. She graduated with a BA from the Faculty of Information Sciences from the Complutense University of Madrid, 2011.

Blanca Bercial uses artistic experimentation as a research method in the field of listening practices and sound studies to inquire about what constitutes silence, what remains within listening thresholds, within pauses, or the in-between sounds. Bercial writes poetry, essays, and short stories for independent publications and has recently published a collection of poems entitled Trash Poems with La Granja Editorial (Spain). Bercial is also an art practitioner, in her work, she uses sound and poetry as an inquiry about the ways we ignore and overlook common yet unexplored spaces, unutilized hideouts embedded within place, time, and in sound.

 


Fernando Martins

PT

Ilustrador, fotógrafo e pós-produtor fotográfico. Nasceu em 1972. Frequentou o curso de Design de Comunicação da Faculdade de Belas Artes de Lisboa entre 1991 e 1995; entretanto, em 1992 é escolhido para representar Portugal (Banda Desenhada) na Bienal dos Jovens Criadores do Mediterrâneo em Valencia, Espanha. Entre 1996 e 2002 trabalhou como ilustrador e pós-produtor fotográfico na agência de design Novodesign – Brandia. Na mesma altura, começou a colaborar regularmente como ilustrador com vários jornais e revistas nacionais e internacionais como: Expresso; Público; Cosmopolitan; Exame; Reader’s Digest (Portugal e Holanda); Bulles Dingues (França); entre outros.

Integrou, no âmbito do Porto 2001, o catálogo/livro Tráfego – cem nomes determinantes na imagem em Portugal com coordenação de Alexandre Melo. Em 2006, publicou o livro de banda desenhada Charlie Parker (BD Jazz); e, em 2011, o livro de banda desenhada Pop Dell’Arte na colecção BD Pop Rock Português. Desde 2012 dedica-se intensamente à fotografia, tendo editado o Photo Book Cidade Sombra em 2016 (Abysmo) com respectiva exposição individual na Cordoaria Nacional e mais tarde Release The White Rabbit na AMAC no Barreiro, 2019. Carrega sempre consigo uma câmara, o que resultou em vários projectos de documentação sobretudo, de Londres, Lisboa e Paris, cidades onde vive ou viveu. 

EN

Illustrator, photographer and photo retouching artist born in 1972. Between 1991 and 1995 Fernando studied Communication Design at Faculty of Fine Arts, the university of Lisbon; meanwhile, in 1992 he was chosen to represent Portugal as a comic book artist at Biennial of Young Artists from Europe and the Mediterranean in Valencia, Spain. Between 1996 and 2002 he worked as an illustrator and photo retoucher at Novodesign – Brandia design company. During the same years, he started to collaborate regularly as an illustrator with several newspapers and magazines, both Portuguese and international, like: Diário de Notícias; Expresso; Público; Cosmopolitan; O Independente; Exame; Reader’s Digest (Portugal and Netherlands); Bulles Dingues (France); among others.

In 2001, he was one of the 100 artists selected for the book catalogue Tráfego – cem nomes determinantes na imagem em Portugal, coordinated by Alexandre Melo, part of the Porto 2001 exhibition. In 2006 he published the Comic book/Graphic novel Charlie Parker (BD Jazz), and in a similar format, in 2011, the biographic graphic novel Pop Dell’Arte, as part of the collection BD Pop Rock Português. Since 2012 he dedicates himself intensively to photography, having published in 2016 the Photo Book Cidade Sombra (Abysmo) with a related individual exhibition at Cordoaria Nacional, and later, in 2019 he presented the project Release The White Rabbit  in a exhibition at AMAC, Barreiro. He always carries a camera with him, leading to the achievement of several photography projects, documenting London, Lisbon and Paris, cities where Fernando lives or has lived.


Francisca Aires Mateus

PT

Francisca Aires Mateus (1992) vive e trabalha em Lisboa. O seu trabalho tem-se desenvolvido na intersecção entre as esferas das artes plásticas e da música. Nessa confluência de linguagens, processos e imaginários, FAM recorre a vários tipos de práticas e dispositivos, entre o desenho e a performance, o vídeo e o som. Concluiu com Distinção o mestrado em Arte Multimédia na Slade School of Fine Art, UCL, em 2017. Em 2015, licenciou-se em Pintura pela FBAUL e concluiu também uma Licenciatura em Violino pela ABRSM. Mais recentemente, completou uma Pós-graduação em Arte Sonora na FBAUL. FAM venceu o prémio Santander Edifício dos Leões em 2021 e foi nomeada para o Prémio Sonae Media Art em 2019. Em 2018 foi premiada com uma bolsa integral para uma residência artística na Academia de Artes Visuais da Hong Kong Baptist University e foi também uma das vencedoras do concurso Portuguese Emerging Artists. No mesmo ano foi nomeada para o prémio Max Weber Drawing Award. Em 2016, recebeu uma bolsa de estudos integral da Fundação Calouste Gulbenkian.

FAM desenvolveu também vários projectos de produção e curadoria tais como São Roque em Londres e Casa da Dona Laura em Lisboa. Estes projetos contam já com a participação de mais de 100 artistas nacionais e internacionais. 

EN

Francisca Aires Mateus (1992) lives and works in Lisbon. Her work has developed at the intersection between the spheres of visual arts and music. In this confluence of languages and processes, FAM makes use of various types of practices and devices, from drawing and performance to video and sound. She completed with Distinction her master’s degree in Fine Art Media at the Slade School of Fine Art – UCL in 2017. In 2015 she graduated in Painting at FBAUL and received her Licentiate degree in Violin by ABRSM, UK. Recently, she completed a Post-graduation in Sound Art at FBAUL. FAM won the Santander Edifício dos Leões Award in 2021 and was nominated for the Sonae Media Art Prize, in 2019. In 2018 she was awarded a full scholarship for an artistic residency at the Hong Kong Baptist University and was also one of the winners of the Portuguese Emerging Artists competition. In 2016, she was awarded a full scholarship by the Calouste Gulbenkian Foundation. 

FAM has also developed several curation and production projects such as São Roque in London and Casa da Dona Laura in Lisbon. These projects count with the participation of over 100 national and international artists in several group and solo exhibitions. 


Inez Wijnhorst

PT

Maassluis, Países Baixos, 1967. Wijnhorst vive e trabalha em Portugal desde 1990. Estudou na Real Academia de Belas Artes de Haia, Países Baixos, e é licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, 1996. O seu trabalho está centrado na pesquisa de técnicas e narrativas visuais nas áreas de Pintura, Gravura, Desenho e Geometria. Wijnhorst participou em exposições em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Grécia, Polónia, Macau, Canadá, Mónaco, Itália, Japão e Brasil. O trabalho de Inez Wijnhorst foi distinguido com vários prémios de gravura e pintura, dos quais se destacam: Bronze award, Osaka Triennale Print, Osaka, Japão; Menção Honrosa, Bienal de Pintura de Cidade de Zamora, Espanha; Prémio Cidade Amadora (ex-aequo), VI Bienal de Gravura de Amadora; Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, Amarante; Prémio de aquisição Baviera, 10º Bienal de Vila Nova de Cerveira; Menção Honrosa segundo prémio BANIF de pintura e Prémio Bonifácio Lázaro, 33º Salão de Outono, Espanha.

EN

Maassluis, Netherlands, 1967. Wijnhorst lives and works in Portugal since 1990. She studied at the Royal Superior School of Fine Arts in the Hague, Netherlands, and graduated in Painting at the Faculty of Fine Arts, University of Lisbon, 1996. Her work is mainly centered around and dedicated to the investigation of both technique and visual narrative in the areas of Geometry, Painting, Drawing and Etching. Wijnhorst participated in over 100 group shows in Portugal, Spain, France, Belgium, Greece, Poland, Macau, Canada, Monaco, Italy, Japan and Brazil.

Her work has been recognized with several awards in Painting and Engraving, such as: Bronze Award, Osaka Trienale Print, Osaka, Japan; Honorable mention, Painting Biennial of the city of Zamora, Spain; Amadeo de Souza-Cardoso Award, Amarante, Portugal; Baviera acquisition award, Portugal; 10th Biennial of Vila Nova de Cerveira, Portugal; Honorable mention and second-place BANIF award for Painting , Portugal, and the Bonifacio Lazaro Award, 33th Autumn Salon of Plasencia, Spain.


Mónica Coelho

PT

Mónica Coelho é artista plástica, vive e trabalha em Lisboa. Licenciou-se em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, em 2015. E obteve um mestrado em Studio Art pela San Francisco Art Institute (SFAI), em 2020, com bolsas da Fulbright / Fundação Carmona e Costa e da SFAI. Expõem regularmente desde 2015 em Portugal e no estrangeiro. Entre 2017/18 organizou as Conversas Lisboa, uma série de encontros informais onde convidados e audiência partilham projetos, interesses e histórias.

Mónica Coelho interessa-se pela maneira como os seres humanos funcionam (corpo), aquilo em que acreditam e como se comportam. Interessa-a a maneira como a realidade é compreendida. Vê a arte como criadora de uma experiência a ser completada pela perspectiva que cada um tem do mundo. Para testar essas perspectivas usa o espaço, pois acredita que é uma ferramenta importante na maneira como o presente é experienciado, e como, mesmo que inconscientemente, tem um papel nas escolhas que fazemos. Trabalha a partir daquilo que é absurdo, estranho ou cómico numa tentativa de o compreender. Ultimamente, tem explorado maneiras de medir e perceber a passagem do tempo e ideias relacionadas com presença e ausência. 

EN

Mónica Coelho is a visual artist living and working in Lisbon. She graduated in 2020, with an MFA in Studio Art from San Francisco Art Institute with a Fulbright / Fundação Carmona e Costa scholarship award and an SFAI scholarship, and finished a BFA in Visual Art at Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha in 2015. Coelho has been holding exhibits regularly since 2015, both in Portugal and abroad. In 2017/18 she organized Conversas Lisboa, a series of informal talks, where guests and the audience could discuss and share projects, interests and stories.

Coelho is interested in how humans function (body), our beliefs and how we behave. She is interested in how reality is perceived and sees art as a means of creating an experience to be completed by each person’s own perspective of the world. Coelho often uses space to test perspectives, for she believes that it is a very powerful tool for experiencing the present, and also that it unconsciously affects our decisions. Her work points at the nonsense, the absurd and the comical aspects of the world, while also helping her understand them. Most recently, Coelho has been exploring ways of measuring and perceiving the passage of time and the idea of presence and absence. 


Pedro Proença

PT

Pedro Proença nasceu em Lubango, Angola, em 1962. Como artista plástico, expõe com regularidade desde 1981, tendo formado o Movimento Homeostético com Ivo, Xana, Manuel João Vieira e Pedro Portugal, um grupo multidisciplinar para o qual escreveu dezenas de manifestos. Terminou o curso de pintura da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa em 1986. Tem feito dezenas de exposições individuais desde 1986, em locais como Galeria Fucares, Madrid, 1987; Frith Street Gallery, Londres, 1889; Pallazo Ruspoli, Roma, 1994; Fundação Calouste Gulbenkian, 1994; Kunstwerein de Frankfurt, 1988; Galeria Camargo Vilaça, S. Paulo, 1988; Fundação Eugénio de Almeida, 2018; entre outras. Esteve presente na exposição Aperto da Bienal de Veneza em 1988.

O seu trabalho consiste na encenação da complexidade através de múltiplas pulsões estilísticas que se incarnam por vezes em heterónimos/figuras/personagens. Recebeu vários prémios, de onde se destaca o Prémio União Latina. Publicou de sua autoria diversos livros de ensaio, poesia, ficção, tipografia, etc. Também ilustrou livros como a Bíblia e Os Lusíadas, assim como literatura infanto-juvenil e erótica.

EN

Lubango, Angola,  1962. His work has been exhibited regularly since 1981. He founded the Homeostético movement together with Ivo, Xana, Manuel João Vieira and Pedro Portugal, for which he wrote several manifests. In 1986, he obtained  a Painting degree from the Faculty of Fine Arts, University of Lisbon. Proença has had several individual exhibitions since 1986, in places like Galeria Fucares, Madrid, 1987; Frith Gallery, London, 1889; Pallazo Ruspoli, Roma, 1994; Calouste Gulbenkian Foundation, 1994; Kunstwerein, Frankfurt, 1988; Galeria Camargo Vilaça, S. Paulo, 1988; Fundação Eugénio de Almeida, 2018; among others. He participated in the Aperto exhibition, at the 1988 Venice Biennial. His work consists in  staging of complexity through multiple stylistic impulses that are sometimes incarnated in heteronyms/figures/characters. He has received several awards, including the União Latina Award. Proença has published and wrote several books of essays, poetry, fiction, typography, and has illustrated books such as the Bible, The Lusiads, as well as children’s books and erotic literature.


Rodrigo Amado

PT

Rodrigo Amado é fotógrafo e músico, e vive em Lisboa. Maioritariamente autodidata, passou brevemente pela Arco (Escola de Artes Independente). Amado recebeu a primeira câmera fotográfica – uma Kodak Instamatic – quando fez 18 anos. Cedo, devolveu um forte fascínio por fotografia. Durante anos fotografou regularmente a família, os amigos e viagens. Herdou um grande sentido visual dos seus pais – o pai, Manuel Amado, foi pintor e a mãe, Teresa Amado, esteve sempre ligada ao design e às artes em geral. Em 2001, começou, com os irmãos Pedro e Carlos Costa, a editora Clean Feed, hoje considerada uma das mais importantes editoras de jazz no mundo. Totalmente dedicada ao jazz de vanguarda, a Clean Feed usa muitas das fotografias de Amado em capas de discos e cartazes para diversos artistas. 

Muitas das suas fotografias são publicadas em jornais como o Público, Expresso ou o Diário de Notícias. Como fotógrafo realizou inúmeras exposições individuais, destacando-se as do Museu da Electricidade, em Lisboa, e Museu da Imagem, em Braga. Sendo um dos mais internacionalmente aclamados músicos de jazz portugueses, com artigos publicados em jornais de referência como Village Voice (US) ou Folha de São Paulo (Brazil), Amado desenvolve uma forte ligação entre música e fotografia, algo particularmente importante nos projectos Surface, dedicado a Stephen Shore, ou Searching for Adam

EN

Mostly a self-taught artist, although having briefly passed through Arco (Independent Arte School), Rodrigo Amado is a photographer and musician based in Lisbon. Amado got his first camera when he turned 18 years old – a Kodak Instamatic – and soon developed a strong fascination for photography. For years, he photographed, on a regular basis, family, friends and travels. Amado inherited a strong visual sense from his parents – his father, Manuel Amado, was painter, and his mother, Teresa Amado, has always been involved with design and arts in general. In 2001, he started, together with brothers Pedro and Carlos Costa, the Clean Feed label, presently considered one of the most important jazz labels in the world. Totally devoted to releasing creative avant-jazz, Clean Feed uses many of Amado’s photos in record covers and posters for a diverse group of artists.

Several of his own photos get published in newspapers like Público, Expresso and Diário de Notícias. As a photographer, he has had several individual exhibitions, including one in the Museum of Electricity, Lisbon, and  in the Museum of Image, Braga. Being one of the most internationally acclaimed Portuguese jazz musicians, with articles on his music published by reference media like Village Voice (US) or Folha de São Paulo (Brazil), Amado develops a strong connection between music and photography, one that becomes particularly important on project like Surface, dedicated to Stephen Shore, or Searching for Adam


Tomaz Hipólito

PT

Nasceu em Lisboa, em 1969.
Estudou arquitetura. Vive em Lisboa.
O trabalho aborda as questões do espaço, a sua ocupação e transformação.
Mapear o gesto de forma a criar um novo território, intervalo, situado entre a subjectividade e a experiência que daí ocorre.
Múltiplos media são usados, como a fotografia, vídeo, performance, pintura e desenho para melhor revelar o conceito de cada trabalho.
Todo o processo torna-se parte do trabalho.
Como os gestos, todos os trabalhos são únicos.

2019 Artista convidado — Bienal de Arquitectura e Urbanismo de Seoul, Coreia do Sul
2019 Prémio Amadeo de Souza Cardoso (Finalista), Portugal
2017 Prémio Loop Festival (Finalista), Portugal

EN

Born in Lisbon, 1969.
Studied architecture. Lives in Lisbon.
His work addresses the questions of space, its occupation and transformation.
To map gestures in order to create a new territory, an interval, placed in between subjectivity and the experience occurring from that.
Hipolito uses different media, such as photography, video, performance, painting and drawing, which are used to better reveal the concept of each work.
The entire process becomes part of the work.
Like gestures, all works are unique pieces.

2019 Guest Artist - Seoul Biennale of Architecture and Urbanism, South Korea
2019 Amadeo de Souza Cardoso Prize (Finalist), Portugal
2017 Loop Festival Prize (Finalist), Portugal

 

Local: Brotéria
Gratuito